Diagnosticada como 54% mais pobre que qualquer outra área do Rio de Janeiro, a região Portuária ganhou reforço da FIA-RJ no que diz respeito à ação de combate às violências familiares. É com informação, parceria e ação em conjunto que os resultados aparecem. E a FIA-RJ por meio do Programa de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência esteve com o NACA - núcleo executor do Programa - na “Fundação Darcy Vargas Casa do Pequeno Jornaleiro” para participar de uma Roda de Conversa, distribuir Cartilhas e alinhar futuras ações em parceria no território e adjacências.

O encontro mediado pela articuladora de Ações de Prevenção do NACA-Botafogo, Ingrid Santos, foi importante para apresentar a FIA-RJ, o NACA e, sobretudo, esclarecer os tipos de violência doméstica que podem impactar alunos da região que hoje tem 61% da população sem instrução ou apenas possui ensino fundamental incompleto. Além da violência física, sexual, psicológica, a negligência que gera o abandono também foi uma das pautas mais debatidas com a direção, coordenação e equipe pedagógica da Fundação Darcy Vargas, na Gamboa, que a partir do ECA teve que se readequar ao novo contexto.

Como pedagoga, Ingrid Santos acredita que o ECA foi um marco na educação e garantia dos direitos desse público negligenciado por séculos conforme conta a história brasileira.

“Tanto a FIA quanto a FDV precisaram se readequar ao longo desses 32 anos. Entendemos que as ações de prevenção são fundamentais no combate às violências contra a infância e adolescência - tão comuns e ainda presentes na sociedade. As nossas ações buscam orientar a população e a sociedade, além de tornar público o programa que combate as violações de direitos desses sujeitos”, aposta Ingrid.